quarta-feira, 13 de maio de 2020

COISA QUE ME OCORREU DE REPENTE - Mariana Botelho

a poesia se derrete nas mãos do poeta
como gato que ele afaga

a poesia queima nas mãos do poeta
como um fogo que ele alimenta

a poesia afoga as mãos do poeta
é um copo do oceano que ele mesmo inventa

o poeta é um mar de si mesmo.

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