Um dia, interrogando
o níveo seio
de uma concha voltada contra o ouvido,
um longínquo rumor, como um gemido,
ouvi plangente e de saudades cheio.
Esse rumor tristíssimo, escutei-o:
é a música das ondas, é o bramido,
que ela guarda por tempo indefinido,
das solidões marinhas donde veio.
Homem, concha exilada, igual lamento
em ti mesmo ouvirás, se ouvido atento
aos recessos do espírito volveres.
É de saudade, esse lamento humano,
de uma vida anterior, pátrio oceano
da unidade concêntrica dos seres.
de uma concha voltada contra o ouvido,
um longínquo rumor, como um gemido,
ouvi plangente e de saudades cheio.
Esse rumor tristíssimo, escutei-o:
é a música das ondas, é o bramido,
que ela guarda por tempo indefinido,
das solidões marinhas donde veio.
Homem, concha exilada, igual lamento
em ti mesmo ouvirás, se ouvido atento
aos recessos do espírito volveres.
É de saudade, esse lamento humano,
de uma vida anterior, pátrio oceano
da unidade concêntrica dos seres.
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