Antes que vingue
outra esperança
Quero as sombras
do branco espesso.
Antes que mais uma
insônia se cumpra
Quero o torpor no
abismo indecifrável
Do espírito
amortalhado.
Antes que o
pensamento acorde
E descubra os
espaços petrificados,
Quero
narcotizar-me sem sonhos
E deitar-me no
mundo sem sombras,
Sem palavras nem
gestos.
Antes que alguma
crença me recolha,
Antes que eu
entenda o obscuro,
Antes que o
sensível me assalte,
Antes que eu
distinga na lonjura
A morte da estrela
cintilante,
O êxtase da
solidão vertical,
Quero ser coisa
sem motivo
Entregue aos ventos sem destino.
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