Não sei de onde vem o verso
Se da ponta da língua, no amargor
Das construções do eu interior
Cor local, meu som, meu universo
É seta cruzando o céu, no vão da boca
Linguagem gestual riscando a palma
O canto sem cantor que lava a alma
Tantas vezes sem pudor, palavra louca
Pulsar de um coração cheio de espanto
Que trago em minha mão como um cristal
O verso me marcou na sina, seu sinal
Na pele me cobriu de luz, seu manto
No cerne da palavra, fonte e vertente
Por onde me levou flor boiando em rio
Semente a germinar, terra no cio
Imagem em esplendor dentro da mente
No ardor da escrita acendo a chama
Espada da poesia, a mão erguida
Me fere com prazer dor desconhecida
Arranha a minha mão e ainda reclama
Não nasce explícita, palavra crua
E não revela a sua face no espelho
É segredo, sussurro, falso conselho
Que ao se revelar me torna nua
Se da ponta da língua, no amargor
Das construções do eu interior
Cor local, meu som, meu universo
É seta cruzando o céu, no vão da boca
Linguagem gestual riscando a palma
O canto sem cantor que lava a alma
Tantas vezes sem pudor, palavra louca
Pulsar de um coração cheio de espanto
Que trago em minha mão como um cristal
O verso me marcou na sina, seu sinal
Na pele me cobriu de luz, seu manto
No cerne da palavra, fonte e vertente
Por onde me levou flor boiando em rio
Semente a germinar, terra no cio
Imagem em esplendor dentro da mente
No ardor da escrita acendo a chama
Espada da poesia, a mão erguida
Me fere com prazer dor desconhecida
Arranha a minha mão e ainda reclama
Não nasce explícita, palavra crua
E não revela a sua face no espelho
É segredo, sussurro, falso conselho
Que ao se revelar me torna nua
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