ALTAMARÉ
O amor sempre me exigiu incoerências.
Nos portos onde quis trocar a alma
compravam corpos
e nem era preciso morrer.
Mas só de teimoso eu morria
para acordar em navio sem mar
e jurar ter aprendido a lição:
só se morre de dor.
Mas só de teimoso eu desaprendia
para viver em mar sem navio
e acreditar ser possível morrer de amor
sem precisar de leme, bandeira ou direção.
O farol ainda pisca à praia sete vezes
desejando o pescador que nunca viu.
Ele crê no encontro que não acontecerá
e resiste a maremotos sem destruição, a calmarias sem paz.
Que não entendam os meus sinais
eu nunca peço socorro, apenas companhia.
....................
ACORDO
Escuta meu desespero mudo
e surge do nada com rosas invisíveis.
Nada me dá:
repousa o carinho no vaso quebrado.
Escuto mudo seu desespero
e colho no silêncio pétalas vencidas.
Nada lhe dou:
passo a vida a regar os anos de nossa distância.
O amor sempre me exigiu incoerências.
Nos portos onde quis trocar a alma
compravam corpos
e nem era preciso morrer.
Mas só de teimoso eu morria
para acordar em navio sem mar
e jurar ter aprendido a lição:
só se morre de dor.
Mas só de teimoso eu desaprendia
para viver em mar sem navio
e acreditar ser possível morrer de amor
sem precisar de leme, bandeira ou direção.
O farol ainda pisca à praia sete vezes
desejando o pescador que nunca viu.
Ele crê no encontro que não acontecerá
e resiste a maremotos sem destruição, a calmarias sem paz.
Que não entendam os meus sinais
eu nunca peço socorro, apenas companhia.
....................
ACORDO
Escuta meu desespero mudo
e surge do nada com rosas invisíveis.
Nada me dá:
repousa o carinho no vaso quebrado.
Escuto mudo seu desespero
e colho no silêncio pétalas vencidas.
Nada lhe dou:
passo a vida a regar os anos de nossa distância.
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