Engraxate,
quase pintor
teu passo
instalado
na praça.
A foto devolve as têmperas
com que dás limpeza
e polimento à vaidade
dos que sentam ao teu serviço.
No trono
creem elevar-se
sobre a tua altura.
Mais que engano!
És dignidade alçada
na manhã por nós
precavida.
Quem polirá os teus pés
à espera do primeiro
que virá?
São camadas de alvura
na transparência das pisadas
claros desígnios
resíduos de graxa.
Quando te foto-grafo
vejo as têmporas
sobrecamadas
do que guarda a memória
dos sapatos.
quase pintor
teu passo
instalado
na praça.
A foto devolve as têmperas
com que dás limpeza
e polimento à vaidade
dos que sentam ao teu serviço.
No trono
creem elevar-se
sobre a tua altura.
Mais que engano!
És dignidade alçada
na manhã por nós
precavida.
Quem polirá os teus pés
à espera do primeiro
que virá?
São camadas de alvura
na transparência das pisadas
claros desígnios
resíduos de graxa.
Quando te foto-grafo
vejo as têmporas
sobrecamadas
do que guarda a memória
dos sapatos.
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