COVARDIA
Meus olhos perscrutaram a extensão desconhecida
Da senda acidentada e inquietadora:
Era tão estranha, tão sinuosa
A estrada da vida!
Meus pés sentiram um medo misterioso
De palmilhar o mais antigo dos caminhos:
Medo do pó, medo das pedras, medo dos espinhos,
Receio daquelas sombras estranhas
Que subiam dos abismos e desciam das montanhas.
Covarde, circundei minh’alma de penumbra.
Encontrei mãos que se estenderam, tão amigas,
Oferecendo amparo certo na jornada.
Eu, porém, não confiei no auxilio de outra mão.
E fiquei isolada, fiquei esquecida
À margem do agitado caminho da vida.
..........
TRISTEZA DAS MÃOS
Choram em silêncio a dor de envelhecer.
Foram um dia a graça inocente
De um berço num lar.
Pálidas mãos, sulcadas de renúncias!
Foram jovens e belas,
Confiantes em si mesmas, todo-poderosas.
Tímidas mãos que se apagam na sombra!
Mãos feitas de luz, intrépidas e leais,
Solícitas e compreensivas,
Ternas mãos maternais.
Velhas mãos solitárias,
Como dói recordar!
Meus olhos perscrutaram a extensão desconhecida
Da senda acidentada e inquietadora:
Era tão estranha, tão sinuosa
A estrada da vida!
Meus pés sentiram um medo misterioso
De palmilhar o mais antigo dos caminhos:
Medo do pó, medo das pedras, medo dos espinhos,
Receio daquelas sombras estranhas
Que subiam dos abismos e desciam das montanhas.
Covarde, circundei minh’alma de penumbra.
Encontrei mãos que se estenderam, tão amigas,
Oferecendo amparo certo na jornada.
Eu, porém, não confiei no auxilio de outra mão.
E fiquei isolada, fiquei esquecida
À margem do agitado caminho da vida.
..........
TRISTEZA DAS MÃOS
Choram em silêncio a dor de envelhecer.
Foram um dia a graça inocente
De um berço num lar.
Pálidas mãos, sulcadas de renúncias!
Foram jovens e belas,
Confiantes em si mesmas, todo-poderosas.
Tímidas mãos que se apagam na sombra!
Mãos feitas de luz, intrépidas e leais,
Solícitas e compreensivas,
Ternas mãos maternais.
Velhas mãos solitárias,
Como dói recordar!
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