O LABIRINTO EM FLOR
Pensar, pensar, até florir,
incendiar-se o labirinto em flor.
Arranjos florais de uma desordem
- girassóis-girândolas em chamas -,
o caos dentro de sua própria ordem.
Penso a palavra
e se desaguo emoção,
aí procura a razão.
No caos entre uma e outra,
me sustento.
O caos cria, desfaz, diferencia.
Não me construo com a forma,
antes me desmorono,
mais familiarizado com o fundo,
minha forma.
Pendulo no fio de equilíbrio
- gangorra absurda
e um visgo de nada -,
crio vertigens,
vejo o fundo de sangue do que sou.
Imenso, o abismo de um verso.
Me solto do fio,
no fundo me arrebento,
e me incendeio.
Sílex, antes que Fênix.
...............................
OS PORTAIS DE AURORA
Ó estúpida,
Desgraçada lucidez!
Quantas auroras são em seu relógio?
A hora clara e o sol,
ovo estrelado
na frigideira do dia.
Tartarugas
- tártaras rugas –
num rolo de tarugos.
Este é meu chão.
Devo envelhecer-me ao sol,
apaziguar meu coração.
Pensar, pensar, até florir,
incendiar-se o labirinto em flor.
Arranjos florais de uma desordem
- girassóis-girândolas em chamas -,
o caos dentro de sua própria ordem.
Penso a palavra
e se desaguo emoção,
aí procura a razão.
No caos entre uma e outra,
me sustento.
O caos cria, desfaz, diferencia.
Não me construo com a forma,
antes me desmorono,
mais familiarizado com o fundo,
minha forma.
Pendulo no fio de equilíbrio
- gangorra absurda
e um visgo de nada -,
crio vertigens,
vejo o fundo de sangue do que sou.
Imenso, o abismo de um verso.
Me solto do fio,
no fundo me arrebento,
e me incendeio.
Sílex, antes que Fênix.
...............................
OS PORTAIS DE AURORA
Ó estúpida,
Desgraçada lucidez!
Quantas auroras são em seu relógio?
A hora clara e o sol,
ovo estrelado
na frigideira do dia.
Tartarugas
- tártaras rugas –
num rolo de tarugos.
Este é meu chão.
Devo envelhecer-me ao sol,
apaziguar meu coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário