Exibo joias raras e me prezo
de ser a vitrinista da poesia
de brasileira ourivesaria.
Coroa-me a tiara de Henriqueta,
madrinha lua de branquinhas tranças,
luar de pérola em buquê-de-noiva.
Tilintam braceletes de Cecília
Autografados pela musa antiga,
Santa Maria Egipcíaca.
De Auta, no pescoço, a correntinha
de ouro com pingentes extraídos
de uma jazida de ametistas.
Maria Braga Horta, um camafeu
de bem-querer esposo, filhos, pátria,
selou meu peito e me guardei em Deus.
Novas eu trago ao escrínio da poesia,
as joias rútilas de ourives-mestras
de quem, herdeira, peço a augusta bênção:
De Stella, um broche em flor, a Leonardo,
diamante rosa em berço de platina
com pétalas redondas, turmalinas.
De gargantilha de granadas, rubra,
de bíblica romã, sobe a tribuna
voz de Renata à sua gente muda.
De Adélia, um par de brincos marchetados
de azuis cristais de quartzo, um azul raro
na família dos chips eletrônicos.
De Astrid, seus anéis, jade e safira,
o de alamedas, seiva e clorofila,
o água-de-fonte, som de sensitiva.
Foi de Marília um medalhão em prata
com juras de poeta desterrado,
seu verso aos quinze anos da noivinha.
Resgato para mim aquele escrínio-lira,
lágrimas dela beijo, opalas agridoces,
nobres, intactas, na memória lírica.
de ser a vitrinista da poesia
de brasileira ourivesaria.
Coroa-me a tiara de Henriqueta,
madrinha lua de branquinhas tranças,
luar de pérola em buquê-de-noiva.
Tilintam braceletes de Cecília
Autografados pela musa antiga,
Santa Maria Egipcíaca.
De Auta, no pescoço, a correntinha
de ouro com pingentes extraídos
de uma jazida de ametistas.
Maria Braga Horta, um camafeu
de bem-querer esposo, filhos, pátria,
selou meu peito e me guardei em Deus.
Novas eu trago ao escrínio da poesia,
as joias rútilas de ourives-mestras
de quem, herdeira, peço a augusta bênção:
De Stella, um broche em flor, a Leonardo,
diamante rosa em berço de platina
com pétalas redondas, turmalinas.
De gargantilha de granadas, rubra,
de bíblica romã, sobe a tribuna
voz de Renata à sua gente muda.
De Adélia, um par de brincos marchetados
de azuis cristais de quartzo, um azul raro
na família dos chips eletrônicos.
De Astrid, seus anéis, jade e safira,
o de alamedas, seiva e clorofila,
o água-de-fonte, som de sensitiva.
Foi de Marília um medalhão em prata
com juras de poeta desterrado,
seu verso aos quinze anos da noivinha.
Resgato para mim aquele escrínio-lira,
lágrimas dela beijo, opalas agridoces,
nobres, intactas, na memória lírica.
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