AS MULHERES ASPIRAM A CASA
PARA DENTRO DOS PULMÕES
As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões
E muitas transformam-se em árvores
cheias de ninhos - digo,
As mulheres - ainda que as casas
apresentem os telhados inclinados
Ao peso dos pássaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos - no pescoço das mães - ainda
que as árvores irradiem
Cheias de rebentos
As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas põem a mesa
Ao redor do coração.
.......
EXPLICAÇÃO DA LUZ
O azulejo lava a sua luz
Tem o brilho
Do movimento exato
Dos seus vestidos
E o seu rosto é limpo.
Com as suas próprias mãos
Sem acabar se acaricia
A luz lava o brilho
Do azulejo. A luz o lava
No seu vestido
E o seu rosto é um.
Com as próprias mãos
O quebra e inicia
PARA DENTRO DOS PULMÕES
As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões
E muitas transformam-se em árvores
cheias de ninhos - digo,
As mulheres - ainda que as casas
apresentem os telhados inclinados
Ao peso dos pássaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
Transformam-se em escadas
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
Nos ramos - no pescoço das mães - ainda
que as árvores irradiem
Cheias de rebentos
As mulheres aspiram para dentro
E geram continuamente. Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa
Elas põem a mesa
Ao redor do coração.
.......
EXPLICAÇÃO DA LUZ
O azulejo lava a sua luz
Tem o brilho
Do movimento exato
Dos seus vestidos
E o seu rosto é limpo.
Com as suas próprias mãos
Sem acabar se acaricia
A luz lava o brilho
Do azulejo. A luz o lava
No seu vestido
E o seu rosto é um.
Com as próprias mãos
O quebra e inicia
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