Buscar a palavra
nas lições da vida.
E na morte prematura,
buscar a palavra,
embrião perdido
por entre os olhos
e os lábios sepultados.
Reter a palavra,
essência tarda no cume
do poema, perfeito
paraíso de degredos...
Retê-la no fremir
do verso, e no fremir
do verso, moldá-la:
rigorosa linha entre
as manhãs e as noites
do meu tédio.
Guardar a palavra:
gesto último de quem
vazou o texto e não
beijou neblinas...
nem formas acabadas.
Perdê-la no tempo
vazio e recomposto,
único janeiro dos anos
estivais.
Plantar a palavra
no verão e no inverno,
alimento que povoa
o medo nos desertos
do papel
e entre sílabas de dor
ganir o amor contido,
rio de luzes e sal
de agosto, dezembros
maculados...
Depará-la, fendida,
na geometria da paixão,
cálculos infindos
para uma imagem
derradeira.
Buscar a palavra
esquecida na gaveta
e molhada na saliva
do silêncio:
único roteiro dos meus
sonhos irreais.
Liame do meu mundo
com o teu mundo
(itinerário devastado) uma planície que se fez
outono...
nas lições da vida.
E na morte prematura,
buscar a palavra,
embrião perdido
por entre os olhos
e os lábios sepultados.
Reter a palavra,
essência tarda no cume
do poema, perfeito
paraíso de degredos...
Retê-la no fremir
do verso, e no fremir
do verso, moldá-la:
rigorosa linha entre
as manhãs e as noites
do meu tédio.
Guardar a palavra:
gesto último de quem
vazou o texto e não
beijou neblinas...
nem formas acabadas.
Perdê-la no tempo
vazio e recomposto,
único janeiro dos anos
estivais.
Plantar a palavra
no verão e no inverno,
alimento que povoa
o medo nos desertos
do papel
e entre sílabas de dor
ganir o amor contido,
rio de luzes e sal
de agosto, dezembros
maculados...
Depará-la, fendida,
na geometria da paixão,
cálculos infindos
para uma imagem
derradeira.
Buscar a palavra
esquecida na gaveta
e molhada na saliva
do silêncio:
único roteiro dos meus
sonhos irreais.
Liame do meu mundo
com o teu mundo
(itinerário devastado) uma planície que se fez
outono...
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