Os inimigos das árvores
são inimigos
dos amigos das árvores.
Os inimigos das árvores
são inimigos
também
dos inimigos das árvores.
Porque toda
e cada árvore
é de todo e de cada
amiga.
Os inimigos das árvores
são meus
e de todos
inimigos.
Os inimigos das árvores
são meus
e de si mesmos
inimigos.
Porque as árvores são minhas,
de todo e de cada
e de toda humanidade
amigas.
Os inimigos das árvores
são inimigos
das aves, macacos,
abelhas, formigas.
Porque as árvores são minhas
e de toda humanidade
e toda não-humanidade
amigas.
E de si mesmos inimigos,
porque a sombra de uma árvore
é de todos
e deles também
o abrigo.
Porque as árvores são
amigas de todos,
mas nem todos são delas
amigos.
Quem faz guerra com as árvores
antes faz guerra
consigo.
E a si mesmo,
a si mesmo e a todos
castiga.
Porque a vida do homem é rápida,
efêmera intriga:
é paz
e é guerra,
é amor
e é fome,
e com quê haverá
de encher a barriga?
As árvores dão
aos amigos
igualmente aos não-amigos,
igualmente aos inimigos,
amoras, pitangas,
goiabas e figos.
Porque a vida do homem
é paz
e é guerra,
é amor
e é fome,
efêmera intriga:
e não obstante
ele serra
das árvores todas
a mais verdejante
e antiga.
De frutos
a mais abundante,
de sombras
a mais generosa…
A todas eu amo,
de frutos e sombras,
de paz e amor as frondosas
amigas.
são inimigos
dos amigos das árvores.
Os inimigos das árvores
são inimigos
também
dos inimigos das árvores.
Porque toda
e cada árvore
é de todo e de cada
amiga.
Os inimigos das árvores
são meus
e de todos
inimigos.
Os inimigos das árvores
são meus
e de si mesmos
inimigos.
Porque as árvores são minhas,
de todo e de cada
e de toda humanidade
amigas.
Os inimigos das árvores
são inimigos
das aves, macacos,
abelhas, formigas.
Porque as árvores são minhas
e de toda humanidade
e toda não-humanidade
amigas.
E de si mesmos inimigos,
porque a sombra de uma árvore
é de todos
e deles também
o abrigo.
Porque as árvores são
amigas de todos,
mas nem todos são delas
amigos.
Quem faz guerra com as árvores
antes faz guerra
consigo.
E a si mesmo,
a si mesmo e a todos
castiga.
Porque a vida do homem é rápida,
efêmera intriga:
é paz
e é guerra,
é amor
e é fome,
e com quê haverá
de encher a barriga?
As árvores dão
aos amigos
igualmente aos não-amigos,
igualmente aos inimigos,
amoras, pitangas,
goiabas e figos.
Porque a vida do homem
é paz
e é guerra,
é amor
e é fome,
efêmera intriga:
e não obstante
ele serra
das árvores todas
a mais verdejante
e antiga.
De frutos
a mais abundante,
de sombras
a mais generosa…
A todas eu amo,
de frutos e sombras,
de paz e amor as frondosas
amigas.
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