ABAJUR
a nave da noite pousa na terra
vermelhos queimam velozes
os olhos da cidade devoram arrazoados
deixa tua máscara de lado
mergulha no azul deste quarto
queima teus lábios na ponta dos meus dedos
arranha tuas mãos nas minhas palavras
deita teu ouvido sobre este sussurro
pisa de leve na pista
abre teu zíper até a angustura
dança de costas pro abismo
as sombras são apenas sóis introspectivos
...................
DESEJO NOIR
vai-se o dia retocando a escultura da tarde
entre a cortina de fumaça que ondula
ao sabor das (res)pirações
e olhares que se cruzam
nossas bocas são barcos ainda ancorados
às margens de nossas palpitações
.........................
CONTINUAÇÃO DA NOITE SEM VOCÊ
num curto espaço
nos encontramos
ao longo do vento
nos adivinhamos
em sílabas ainda
o mundo soletrado
com calma e cuidado
mas a haste do tempo entorta
e nos percebemos frágeis
seres de mãos duras demais
o mundo gira torto
em torno do meu pescoço
no meu corpo, no seu corpo: arestas
e agora esse silêncio que não presta
....................
DESARRUMAÇÕES DO DIA
o que nos prende
o que de nós pende
o que dá sentido
aos olhos grudados no teto
aos objetos perdidos
às horas quebradas
aos intervalos sem palavras
mas cheios de afeto?
a nave da noite pousa na terra
vermelhos queimam velozes
os olhos da cidade devoram arrazoados
deixa tua máscara de lado
mergulha no azul deste quarto
queima teus lábios na ponta dos meus dedos
arranha tuas mãos nas minhas palavras
deita teu ouvido sobre este sussurro
pisa de leve na pista
abre teu zíper até a angustura
dança de costas pro abismo
as sombras são apenas sóis introspectivos
...................
DESEJO NOIR
vai-se o dia retocando a escultura da tarde
entre a cortina de fumaça que ondula
ao sabor das (res)pirações
e olhares que se cruzam
nossas bocas são barcos ainda ancorados
às margens de nossas palpitações
.........................
CONTINUAÇÃO DA NOITE SEM VOCÊ
num curto espaço
nos encontramos
ao longo do vento
nos adivinhamos
em sílabas ainda
o mundo soletrado
com calma e cuidado
mas a haste do tempo entorta
e nos percebemos frágeis
seres de mãos duras demais
o mundo gira torto
em torno do meu pescoço
no meu corpo, no seu corpo: arestas
e agora esse silêncio que não presta
....................
DESARRUMAÇÕES DO DIA
o que nos prende
o que de nós pende
o que dá sentido
aos olhos grudados no teto
aos objetos perdidos
às horas quebradas
aos intervalos sem palavras
mas cheios de afeto?
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