Tradução de Tom Jones
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Privilégio negro é um elefante pendurado na sala
é a memória de um navio negreiro
E eu pedindo a Deus pra ter Alzheimer
Privilégio negro é eu já ter memorizado
O discurso fúnebre do meu sobrinho
E do meu irmão,
E do meu pai,
E do meu filho não concebido.
Privilégio negro é, além disso eu pensar
No nome da minha irmã,
A salvo dessa lista.
Privilégio negro sou eu fingindo
Que tenho intimidade com Trayvon Martin
Pra chamá-lo pelo primeiro nome,
Sou eu usando o nome de um menino morto
Para ganhar um campeonato de poesia,
Eu com a boca cheia dos esqueletos de outras pessoas
Usando-os como me convém.
Privilégio negro é o concreto que prende
Minha respiração melhor que meus próprios pulmões.
Privilégio negro é sempre ter que ser o forte,
É ter um pé-de-cabra como espinha,
É continuar lutando mesmo quando não se tem
Nem mais uma gota de sangue a dar,
Mesmo quando apenas seus ossos o carregaram,
Mesmo quando sua mãe já rezou por você,
Mesmo depois de terem preparado seu corpo
Para o funeral.
Privilégio negro é ser tão único que nem é feito
À imagem e semelhança de Deus.
Privilégio negro é mesmo assim
Ser a primeira pessoa na fila para encontrá-lo.
Privilégio negro é ter o mesmo senso de humor de Jesus.
Lembra como ele sorriu na cruz?
Da mesma forma que Malcolm X riu diante da bala.
E lá vou eu de novo,
Afirmando meu privilégio negro,
Usando o nome de um homem morto sem sua permissão.
Privilégio negro é um mito,
Uma piada,
Uma anedota,
É quando uma professora pergunta a um garotinho
O que ele quer ser quando crescer
E ele diz: “Vivo”.
É a maneira como ela ri quando diz,
“Não há faculdade para isso.”
E é cansativo, sabe?
Que tudo sobre a minha pele seja uma metáfora,
Que tudo que é preto seja um trocadilho,
destinado à morte.
Privilégio negro é o aplauso no final deste poema,
É eu dar a vocês o corpo
De um menino morto e vocês me darem um dez,
E eu ficar bem com isso.
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Privilégio negro é um elefante pendurado na sala
é a memória de um navio negreiro
E eu pedindo a Deus pra ter Alzheimer
Privilégio negro é eu já ter memorizado
O discurso fúnebre do meu sobrinho
E do meu irmão,
E do meu pai,
E do meu filho não concebido.
Privilégio negro é, além disso eu pensar
No nome da minha irmã,
A salvo dessa lista.
Privilégio negro sou eu fingindo
Que tenho intimidade com Trayvon Martin
Pra chamá-lo pelo primeiro nome,
Sou eu usando o nome de um menino morto
Para ganhar um campeonato de poesia,
Eu com a boca cheia dos esqueletos de outras pessoas
Usando-os como me convém.
Privilégio negro é o concreto que prende
Minha respiração melhor que meus próprios pulmões.
Privilégio negro é sempre ter que ser o forte,
É ter um pé-de-cabra como espinha,
É continuar lutando mesmo quando não se tem
Nem mais uma gota de sangue a dar,
Mesmo quando apenas seus ossos o carregaram,
Mesmo quando sua mãe já rezou por você,
Mesmo depois de terem preparado seu corpo
Para o funeral.
Privilégio negro é ser tão único que nem é feito
À imagem e semelhança de Deus.
Privilégio negro é mesmo assim
Ser a primeira pessoa na fila para encontrá-lo.
Privilégio negro é ter o mesmo senso de humor de Jesus.
Lembra como ele sorriu na cruz?
Da mesma forma que Malcolm X riu diante da bala.
E lá vou eu de novo,
Afirmando meu privilégio negro,
Usando o nome de um homem morto sem sua permissão.
Privilégio negro é um mito,
Uma piada,
Uma anedota,
É quando uma professora pergunta a um garotinho
O que ele quer ser quando crescer
E ele diz: “Vivo”.
É a maneira como ela ri quando diz,
“Não há faculdade para isso.”
E é cansativo, sabe?
Que tudo sobre a minha pele seja uma metáfora,
Que tudo que é preto seja um trocadilho,
destinado à morte.
Privilégio negro é o aplauso no final deste poema,
É eu dar a vocês o corpo
De um menino morto e vocês me darem um dez,
E eu ficar bem com isso.
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