I – O SILÊNCIO
Se eu pudesse escrever o silêncio
Criaria uma nova língua
– Uma gramática de signos
Signos a compor um espaço do nada
Se eu pudesse escrever o silêncio
Viajaria no deserto
Consumindo distâncias e miragens
Para decifrar o segredo
Se eu pudesse escrever o silêncio
A imagem nasceria atrás do espelho
– A morte falaria
E em seu redor não cresceria a ferrugem do tempo
.............
II – OS DELÍRIOS
Expulsem de mim os delírios
A Terra foi varrida por um turbilhão de ódios
– As veias extravasam músculos
E mancham de sangue as cortinas
deste palco
Venho do genoma na cadeia de milênios
E tudo que sou e sempre do que fui nunca serei
– Homem-Enigma eu me dissolvo em pó de argila
Regido pelo terror dos céus e pela angústia
do acaso
E vede amigos que até rio do brilho do sol
Para quebrar a morbidez da lua
– A história é tão sinistra que se oculta atrás da porta
Onde o grito da metáfora transpõe o ritmo
dos astros
Expulsem de mim os delírios
– Sou um átomo de luz nas trevas
A tropeçar em vão no chão das horas
Que repetidas se propagam na vastidão
do nada
..............
III – A MORADA
Minha morada são os caminhos
– Nas cidades fico à sombra dos parques
– Nos ermos à beira dos rios
– Nas montanhas sou pastor de solidão
À noite entro na casa dos delírios
Onde os sonhos se esvoaçam
E o terror é causado no cérebro
Pela vertigem da Via-Láctea
A manhã põe em fuga as andorinhas
Que vão desaparecer no crepúsculo
– A porta do céu não é o paraíso
Onde queimo os pés nas pedras do caminho
Se eu pudesse escrever o silêncio
Criaria uma nova língua
– Uma gramática de signos
Signos a compor um espaço do nada
Se eu pudesse escrever o silêncio
Viajaria no deserto
Consumindo distâncias e miragens
Para decifrar o segredo
Se eu pudesse escrever o silêncio
A imagem nasceria atrás do espelho
– A morte falaria
E em seu redor não cresceria a ferrugem do tempo
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II – OS DELÍRIOS
Expulsem de mim os delírios
A Terra foi varrida por um turbilhão de ódios
– As veias extravasam músculos
E mancham de sangue as cortinas
deste palco
Venho do genoma na cadeia de milênios
E tudo que sou e sempre do que fui nunca serei
– Homem-Enigma eu me dissolvo em pó de argila
Regido pelo terror dos céus e pela angústia
do acaso
E vede amigos que até rio do brilho do sol
Para quebrar a morbidez da lua
– A história é tão sinistra que se oculta atrás da porta
Onde o grito da metáfora transpõe o ritmo
dos astros
Expulsem de mim os delírios
– Sou um átomo de luz nas trevas
A tropeçar em vão no chão das horas
Que repetidas se propagam na vastidão
do nada
..............
III – A MORADA
Minha morada são os caminhos
– Nas cidades fico à sombra dos parques
– Nos ermos à beira dos rios
– Nas montanhas sou pastor de solidão
À noite entro na casa dos delírios
Onde os sonhos se esvoaçam
E o terror é causado no cérebro
Pela vertigem da Via-Láctea
A manhã põe em fuga as andorinhas
Que vão desaparecer no crepúsculo
– A porta do céu não é o paraíso
Onde queimo os pés nas pedras do caminho
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