Onzes de janeiro de dois mil e dois
haverá aos bilhões.
Agora é daqui
a pouco.
Dez minutos
sequer têm tempo
para esses seiscentos segundos
que os recheiam.
As hélices dos ponteiros,
as sombras girassóis,
a areia que esvazia,
enquanto anunciam,
sonham perenidades ínfimas,
prenhes de acasos remotos,
nanoabismos de augúrios
que orbitam num infinito
de culpas, anseios e júbilos.
Agora,
o agora
já era:
brilho cansado,
expira no olhar do bebê
– a mesma luz anciã
que sorriu nas pupilas fundas
do seu avô quando nasceu.
Seiscentos mil milésimos de tempo:
memórias de letras
que terminam nunca;
nódoas que não vemos
num fotograma negativo
daquele ímpeto que viria se.
Tempo é,
faz tempo.
Minutos, segundos, milênios
(é?)
são momentos.
Mas o tempo
– esse dá medo.
haverá aos bilhões.
Agora é daqui
a pouco.
Dez minutos
sequer têm tempo
para esses seiscentos segundos
que os recheiam.
As hélices dos ponteiros,
as sombras girassóis,
a areia que esvazia,
enquanto anunciam,
sonham perenidades ínfimas,
prenhes de acasos remotos,
nanoabismos de augúrios
que orbitam num infinito
de culpas, anseios e júbilos.
Agora,
o agora
já era:
brilho cansado,
expira no olhar do bebê
– a mesma luz anciã
que sorriu nas pupilas fundas
do seu avô quando nasceu.
Seiscentos mil milésimos de tempo:
memórias de letras
que terminam nunca;
nódoas que não vemos
num fotograma negativo
daquele ímpeto que viria se.
Tempo é,
faz tempo.
Minutos, segundos, milênios
(é?)
são momentos.
Mas o tempo
– esse dá medo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário