como se aprisiona um rio para si
não há moirões na água
arame para circular uma cidade
apenas um poço de nuvens
engolidos nos mergulhos
nas voltas infindáveis da geografia
onde encontrar o calor dos outonos
as sombras desvanecidas
a pouca cor dos trapiches adernados
como amarrar um navio fosse um bicho
segurá-lo na corrente contra o terral
se a noite se esconde na luz do farol
se a noite sussurra nas tralhas das redes
a solidão dos beliches sem ar
da tinta envenenada manchada de mar
que se tome um banho de água doce
para prender o rio sob a pele do rosto
se tirar das mãos as escamas das unhas
para se prender o rio na memória do poema
feito um navio na geografia da cidade
é preciso inventar um mapa no coração
não há moirões na água
arame para circular uma cidade
apenas um poço de nuvens
engolidos nos mergulhos
nas voltas infindáveis da geografia
onde encontrar o calor dos outonos
as sombras desvanecidas
a pouca cor dos trapiches adernados
como amarrar um navio fosse um bicho
segurá-lo na corrente contra o terral
se a noite se esconde na luz do farol
se a noite sussurra nas tralhas das redes
a solidão dos beliches sem ar
da tinta envenenada manchada de mar
que se tome um banho de água doce
para prender o rio sob a pele do rosto
se tirar das mãos as escamas das unhas
para se prender o rio na memória do poema
feito um navio na geografia da cidade
é preciso inventar um mapa no coração
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