Domestico a angústia,
Corto delicadas fatias de solidão para o jantar,
gelo o vinho,
escolho as taças,
acendo as velas.
O meu quarto tem bandeiras.
Caíram todos os vestidos dos cabides.
O gelo derrete.
O telefone tocou: foi engano.
Deixo atrás de mim portas abertas,
tomo táxis,
invado bares,
provo garrafas
e bebo bocas incandescentes
de álcool
e dentes.
Em algum lugar do mundo
espero a madrugada
e meu corpo sangra
duro e tinto
um poema.
De volta à casa
toco de leve os móveis.
Fecho as portas,
leio os classificados,
atraso os relógios.
Alimento a medusa
e para mim frito cebolas.
Corto delicadas fatias de solidão para o jantar,
gelo o vinho,
escolho as taças,
acendo as velas.
O meu quarto tem bandeiras.
Caíram todos os vestidos dos cabides.
O gelo derrete.
O telefone tocou: foi engano.
Deixo atrás de mim portas abertas,
tomo táxis,
invado bares,
provo garrafas
e bebo bocas incandescentes
de álcool
e dentes.
Em algum lugar do mundo
espero a madrugada
e meu corpo sangra
duro e tinto
um poema.
De volta à casa
toco de leve os móveis.
Fecho as portas,
leio os classificados,
atraso os relógios.
Alimento a medusa
e para mim frito cebolas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário