DO ADEUS
É de adeus que tu falas, mar aberto,
De lenço branco, choro, alma ferida.
De olhos rasos, nevados, já sem vida,
Porque as águas viraram um deserto.
É de adeus que tu falas, vento forte,
De folhas secas, pó, triste assobio,
Minha alma constrangida sente frio,
Lamenta a solitária e crua sorte.
É de adeus que tu falas, luz de prata.
Quando cantas o amor em serenata,
Coração bate só, mudo e calado.
É de adeus que tu falas, céu de opala,
De cartas e retratos pela sala,
Calhamaço do amor desesperado.
.......
POR UM NOVO CANTO
Dos verdes campos eu quero a alva paz,
Do céu azul, dos anjos os arpejos,
Do manso rio o ritmo dos desejos,
Da flor silvestre o aroma que me traz.
O anseio de amor nutre a terra agreste,
Faz brotar frutos lindos, suculentos,
Não importa essa fúria mor dos ventos
Na calorosa tarde do nordeste.
Respiro o ar puro longe desse asfalto,
Porque nunca me basto e até me falto
Nas cirandas de versos vãos, satíricos.
Meu pensamento aflora em luz fulgente
Na beleza da lua incandescente
Floresce a rima em altos cantos líricos.
........
NAVEGANDO
No azul de tuas águas mergulhei,
Cobri-me com o sal, areia e espuma,
Tarantela dancei em plena bruma
Porque Netuno ao longe vislumbrei.
É do Atlântico um deus ou grande rei,
Navega nessa nau que o mar esfuma,
Ancora em enseada uma por uma,
Visita o cais da terra, desdenhei.
As águas amam vento e calmaria,
Têm prazer e gemido de agonia
Do corsário perdido nas procelas.
Seguem sempre o caminho do horizonte,
No ocaso permanecem junto à fonte,
Onde o deus infinito amarra as velas.
.......
IMPOSSIBILIDADE
Já viste alguma vez a dor sorrir,
O sol não fenecer depois do monte,
O vermelho sumir desse horizonte
E a morte de buscar-me desistir?
Já viste o sol na aurora não abrir
E o vento não soprar a água da fonte,
A lua passar meses bem defronte
Do céu azul se a chuva quer carpir?
Pensei ter visões tão mirabolantes
Para pôr no tablado os elegantes
Artistas que jamais sonhar souberam.
Não respondem às buscas e nem criam
A essência e as aparências se viciam
Nesses sorrisos falsos que encarceram.
É de adeus que tu falas, mar aberto,
De lenço branco, choro, alma ferida.
De olhos rasos, nevados, já sem vida,
Porque as águas viraram um deserto.
É de adeus que tu falas, vento forte,
De folhas secas, pó, triste assobio,
Minha alma constrangida sente frio,
Lamenta a solitária e crua sorte.
É de adeus que tu falas, luz de prata.
Quando cantas o amor em serenata,
Coração bate só, mudo e calado.
É de adeus que tu falas, céu de opala,
De cartas e retratos pela sala,
Calhamaço do amor desesperado.
.......
POR UM NOVO CANTO
Dos verdes campos eu quero a alva paz,
Do céu azul, dos anjos os arpejos,
Do manso rio o ritmo dos desejos,
Da flor silvestre o aroma que me traz.
O anseio de amor nutre a terra agreste,
Faz brotar frutos lindos, suculentos,
Não importa essa fúria mor dos ventos
Na calorosa tarde do nordeste.
Respiro o ar puro longe desse asfalto,
Porque nunca me basto e até me falto
Nas cirandas de versos vãos, satíricos.
Meu pensamento aflora em luz fulgente
Na beleza da lua incandescente
Floresce a rima em altos cantos líricos.
........
NAVEGANDO
No azul de tuas águas mergulhei,
Cobri-me com o sal, areia e espuma,
Tarantela dancei em plena bruma
Porque Netuno ao longe vislumbrei.
É do Atlântico um deus ou grande rei,
Navega nessa nau que o mar esfuma,
Ancora em enseada uma por uma,
Visita o cais da terra, desdenhei.
As águas amam vento e calmaria,
Têm prazer e gemido de agonia
Do corsário perdido nas procelas.
Seguem sempre o caminho do horizonte,
No ocaso permanecem junto à fonte,
Onde o deus infinito amarra as velas.
.......
IMPOSSIBILIDADE
Já viste alguma vez a dor sorrir,
O sol não fenecer depois do monte,
O vermelho sumir desse horizonte
E a morte de buscar-me desistir?
Já viste o sol na aurora não abrir
E o vento não soprar a água da fonte,
A lua passar meses bem defronte
Do céu azul se a chuva quer carpir?
Pensei ter visões tão mirabolantes
Para pôr no tablado os elegantes
Artistas que jamais sonhar souberam.
Não respondem às buscas e nem criam
A essência e as aparências se viciam
Nesses sorrisos falsos que encarceram.
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