há dias em que não sabemos
a que tribo pertencemos
a que rio
a que pântano
a que reino em flor
em barro
quinta-essência
carne e lágrima
matéria enigmática
poeira galáctica
que expele o futuro dos homens
mas não há nada
que os deuses confabulem
que valha perder o barulho
da chuva
e aí, tanto faz,
inseto, planta,
a humanidade possível
a expressão do inexprimível
que oscila entre a solidão
e a beleza destinada à
construção das pétalas
ou das palavras
eu, mulher mandrágora,
bebo o orvalho dessa noite
e estico membros
seivas e raízes.
enfeitiçada pela vida
alcanço o húmus
das árvores dos quintais
e, sem incomodar ninguém,
volto à terra
adormecendo em meu sono
de auroras boreais.
a que tribo pertencemos
a que rio
a que pântano
a que reino em flor
em barro
quinta-essência
carne e lágrima
matéria enigmática
poeira galáctica
que expele o futuro dos homens
mas não há nada
que os deuses confabulem
que valha perder o barulho
da chuva
e aí, tanto faz,
inseto, planta,
a humanidade possível
a expressão do inexprimível
que oscila entre a solidão
e a beleza destinada à
construção das pétalas
ou das palavras
eu, mulher mandrágora,
bebo o orvalho dessa noite
e estico membros
seivas e raízes.
enfeitiçada pela vida
alcanço o húmus
das árvores dos quintais
e, sem incomodar ninguém,
volto à terra
adormecendo em meu sono
de auroras boreais.
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