Outra vez cá estou,
mudo, calado, inabitado
em meus poemas de dor.
Bagagem de passageiro
vespertino
que viu tudo, teve nada,
na sua preservada carga
de ligeira saudade.
Passa o tempo,
Deus guarda.
Ou preserva o tempo
dilacerado, redivivo.
Que o tempo é sábio,
sabe muito e sabe pleno.
E divide a vida em espaços
de alegrias inúteis
no desafogo dos sonhos.
Outra vez cá estou
soturno, no presságio,
olho amargo
a arder em lágrimas secas
em maremoto sem água
como queima o coração
cheio
cheio de lembranças
cheio de cheiros
cheio de noites
cheio de passado
cheio de sentimentos
cheio de pássaros
cheio e extravasado
cheio...
cheio de mim
sou elo
chuva
fluido
a recordar
a serpentear
casa,
jasmim,
memória
e a eternidade ao lado,
em outra porta
à saída desgovernada.
mudo, calado, inabitado
em meus poemas de dor.
Bagagem de passageiro
vespertino
que viu tudo, teve nada,
na sua preservada carga
de ligeira saudade.
Passa o tempo,
Deus guarda.
Ou preserva o tempo
dilacerado, redivivo.
Que o tempo é sábio,
sabe muito e sabe pleno.
E divide a vida em espaços
de alegrias inúteis
no desafogo dos sonhos.
Outra vez cá estou
soturno, no presságio,
olho amargo
a arder em lágrimas secas
em maremoto sem água
como queima o coração
cheio
cheio de lembranças
cheio de cheiros
cheio de noites
cheio de passado
cheio de sentimentos
cheio de pássaros
cheio e extravasado
cheio...
cheio de mim
sou elo
chuva
fluido
a recordar
a serpentear
casa,
jasmim,
memória
e a eternidade ao lado,
em outra porta
à saída desgovernada.
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