ALMA DESGARRADA
A Poesia saiu de mim por esses dias
desaparatou enfeitiçada em alegrias
achando graça de suas rebeldias
carregou minha insônias e inspiração
várias flores e algum manjericão
agora vive descalça a me espionar
primorosa na arte de me decifrar
vocabulariosa e melindrosa
sussurra de longe seus esconderijos
apaga rastros de suas rotas secretas.
A Poesia anda ausente de mim
caminha silenciosa à distância
sentindo minhas outras fragrâncias
observando meus passos na chuva.
Não demora muito e ela retorna
trazendo frescas folhas de pitanga
numa xícara com água morna
e sua cândida ansiedade sem fim
para contar sem demora
tudo aquilo que viu em mim.
....
ALMA SAUDOSA
Na noite em que a Lua ocultou Marte
a Poesia bateu mansa em minha porta
numa mão trazia palavras mal ditas
na outra, malditas palavras francas
seus olhos ensaiavam sorrisos
sua boca pronunciava silêncios.
Mais velha, madura e mais dura
os cabelos tingidos de vermelho poente
o infinito tatuado no ombro esquerdo.
Mostrou seus pés sujos de terra
marcados pela trincheiras de guerras
travadas por mais de 480 dias
contra uma saudade que sentia por mim
ardendo gélida em seu coração de jasmim.
Rasgou seu peito em cerejeiras brancas
Sufocou-me num doce abraço, pediu colo
e eu lhe ofereci todo o carinho
que estava guardado em meu
pequeno universo particular.
A Poesia saiu de mim por esses dias
desaparatou enfeitiçada em alegrias
achando graça de suas rebeldias
carregou minha insônias e inspiração
várias flores e algum manjericão
agora vive descalça a me espionar
primorosa na arte de me decifrar
vocabulariosa e melindrosa
sussurra de longe seus esconderijos
apaga rastros de suas rotas secretas.
A Poesia anda ausente de mim
caminha silenciosa à distância
sentindo minhas outras fragrâncias
observando meus passos na chuva.
Não demora muito e ela retorna
trazendo frescas folhas de pitanga
numa xícara com água morna
e sua cândida ansiedade sem fim
para contar sem demora
tudo aquilo que viu em mim.
....
ALMA SAUDOSA
Na noite em que a Lua ocultou Marte
a Poesia bateu mansa em minha porta
numa mão trazia palavras mal ditas
na outra, malditas palavras francas
seus olhos ensaiavam sorrisos
sua boca pronunciava silêncios.
Mais velha, madura e mais dura
os cabelos tingidos de vermelho poente
o infinito tatuado no ombro esquerdo.
Mostrou seus pés sujos de terra
marcados pela trincheiras de guerras
travadas por mais de 480 dias
contra uma saudade que sentia por mim
ardendo gélida em seu coração de jasmim.
Rasgou seu peito em cerejeiras brancas
Sufocou-me num doce abraço, pediu colo
e eu lhe ofereci todo o carinho
que estava guardado em meu
pequeno universo particular.
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