LE PLI
Pelo meio a dobra
de novo por todo lado,
constante drapeado
múltiplo e cheio
facetado, variável
a matéria ágil
de mundos que mudam,
rochedos que se enrugam –
a matéria dura também
o tempo fura
bifurcando a rocha
erodida, mudando
dobrando –
origami do vivido.
Dobra entra e sai
– saia de pregas –
vai para fora,
nos milênios e nas eras
é o tempo que dura
que muda ao criar,,
textura, a dobrar
diferentemente.
..........
NÃO APRENDEMOS COM A DOR
a sofrer menos da próxima vez.
O pensamento do que nos fez
feliz, o sofrimento do que for
nos faltar nos faltará ainda assim.
Mas a que por sofrer chegamos
é ela própria que guardamos:
isto sim. Então é esta
a melhor sorte que nos resta.
Afetos que se encontram ali
perto da vida/morte únicos
é o que fazem: tiram de Si,
de um consigo - é o que ensina.
Um cultivo disso que se sente
muda o nosso presente: isto aprendemos.
.........
CHEIO D´ÁGUA
Mareja a água
na forma do olho,
o olho é um outro
lado do corpo
e lago convexo.
Dois lençóis d'água
depositados
a turvar a mirada
embaçada
no espelho de 2 lados.
Os espaços
dos olhos marejados
são a virada
dos avessos
pela lágrima.
O Grande Ateop nasceu do choque de uma constelação fantástica de treze estrelas lá nos limites insondáveis do universo. O Grande Ateop não teve pai nem mãe e nenhum deus ou deusa para gerar sua vida. Sua idade é de bilhões de anos e seus escritos estão em todos os murais das civilizações humanas universais.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
TRÊS POEMAS – Janice Caiafa
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