CAMINHO SEM RUMO
Caminho sem filosofia
À cidade tuberculosa
Sem praça, cansada e ociosa
De asco e áspera ventania
Ando por sua geografia
Como um filho em pavorosa
Ausência de pálida rosa
De vazia graça e harmonia
Ao sul: túmulos de luzes
No centro: encontro de cruzes.
Ó caminhos sem poesia!
Ao norte: a miséria é canto
De flagelo, dor e quebranto
Sem um cálice de alegria.
....
ANGÚSTIA DE SER
Em minha alma o dia amanheceu nublado
O horizonte em tristeza se perdia
A estrada do pensamento: vazia.
O rio do sentimento: atormentado.
O sol da vida: sombrio e apartado
Nesta plúmbea paisagem só se via
Cinzas de um tempo que se esvanecia
Entre entranhas do meu ser angustiado
Mas que “bela” pintura de um pós-guerra
Amanheceu minha alma assim emoldurada!
Que razões a viver nesta ventura?
Se a morte a vida rompe e nutre a terra
E a tristeza assim de um dia é eternizada
Só me resta fingir que tudo dura.
.......
O UNIVERSO DA ARTE
Sim! A arte é um grande ofício deslumbrante
Posto que nela tudo é feito em ritual
Pois sua matéria, a essência espiritual
É a fonte poética do seu vero amante.
A arte finge e simula, mas é brilhante
Em seu exclusivo e puro mundo ideal
De beleza sacrossanta e magistral
A arrebatar nossa alma que vaga errante.
Um novo sentido de vida oferece
Talvez, não o paraíso eterno do divino
Nem a vitória do bem contra a maldade
Mas o sopro vivo da arte nos enobrece
A recriar outro universo e o seu destino
No imo deste mundo onde impera a fealdade.
....
O SOL DO SER
Quem consegue ainda sentir o elã da vida
Quando viver não é mais que uma fria rotina
Quem percebe que a essência é despercebida
Quando uma frágil realidade a confina?
Quem sem limites vive a tem destemida
Sem se alienar ou fugir à sutil sina
Quando a deusa Ilusão em vitrine é temida
E a grande “massa danada” desatina.
Quem tem coragem de evocar a verdade?
Quem profetizará em pura inspiração
Sem armadilhas e nem simulação?
Ah! Quem dera o coração da humanidade
Fosse um dia totalmente desmascarado
E o sol do ser para sempre contemplado.
Caminho sem filosofia
À cidade tuberculosa
Sem praça, cansada e ociosa
De asco e áspera ventania
Ando por sua geografia
Como um filho em pavorosa
Ausência de pálida rosa
De vazia graça e harmonia
Ao sul: túmulos de luzes
No centro: encontro de cruzes.
Ó caminhos sem poesia!
Ao norte: a miséria é canto
De flagelo, dor e quebranto
Sem um cálice de alegria.
....
ANGÚSTIA DE SER
Em minha alma o dia amanheceu nublado
O horizonte em tristeza se perdia
A estrada do pensamento: vazia.
O rio do sentimento: atormentado.
O sol da vida: sombrio e apartado
Nesta plúmbea paisagem só se via
Cinzas de um tempo que se esvanecia
Entre entranhas do meu ser angustiado
Mas que “bela” pintura de um pós-guerra
Amanheceu minha alma assim emoldurada!
Que razões a viver nesta ventura?
Se a morte a vida rompe e nutre a terra
E a tristeza assim de um dia é eternizada
Só me resta fingir que tudo dura.
.......
O UNIVERSO DA ARTE
Sim! A arte é um grande ofício deslumbrante
Posto que nela tudo é feito em ritual
Pois sua matéria, a essência espiritual
É a fonte poética do seu vero amante.
A arte finge e simula, mas é brilhante
Em seu exclusivo e puro mundo ideal
De beleza sacrossanta e magistral
A arrebatar nossa alma que vaga errante.
Um novo sentido de vida oferece
Talvez, não o paraíso eterno do divino
Nem a vitória do bem contra a maldade
Mas o sopro vivo da arte nos enobrece
A recriar outro universo e o seu destino
No imo deste mundo onde impera a fealdade.
....
O SOL DO SER
Quem consegue ainda sentir o elã da vida
Quando viver não é mais que uma fria rotina
Quem percebe que a essência é despercebida
Quando uma frágil realidade a confina?
Quem sem limites vive a tem destemida
Sem se alienar ou fugir à sutil sina
Quando a deusa Ilusão em vitrine é temida
E a grande “massa danada” desatina.
Quem tem coragem de evocar a verdade?
Quem profetizará em pura inspiração
Sem armadilhas e nem simulação?
Ah! Quem dera o coração da humanidade
Fosse um dia totalmente desmascarado
E o sol do ser para sempre contemplado.
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