sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

SUA BELEZA NÃO É CONHECIDA – Nathan Zach

 

Tradução de Moacir Amâncio
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Sua beleza não é conhecida.
O vento não a revelou à árvore.
A árvore não a revelou à tábua na cerca.
A tábua na cerca sempre diz:
sua beleza eu digo, ninguém conhece.
Assim diz:
a tábua feita de árvore para a cerca.
Sua beleza não é conhecida.
Seus olhos não são como negra fonte e não
como canção que uma vez
cantou no nome a brisa de outono
que disse, brisa de outono,
sua beleza, disse não é conhecida.
Assim diz o outono que ouviu
sussurrar-lhe amor ao lado da cerca feita da árvore
que disse à tábua feita da árvore
para ser a cerca, eu digo:
sua beleza não é conhecida.
E estou proibido de dizê-la
até para mim.
Tenho de me conter e passear ao anoitecer,
quando sombra cai sobre sombra,
e contentar-me com o silêncio
e não gritar, ei, fazer disto lei:
não ficar perto da cerca,
isso para que não me perca.
Fugir da brisa de outono,
quando o amarelo é o dono.
Não ouvir jovens que falam
dela doçuras, não calam.
Não parar se alguém parar,
não ouvir se alguém cantar,
não dar ouvido a sussurro
que me sopra desse escuro:
sua beleza não é conhecida, sei por fé,
nessa coisa, nesse jogo:
como a marca do fogo.

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