Todas as igrejas do mundo
Hão de fechar suas portas
Quando começar a madrugada
Nelas há de estar meu corpo
Apodrecido para ser comido
Pelos ratos e seres miúdos
Que nos porões espreitam
A alma na carne empobrecida
Hão de roer todos os pedaços
Do que pensei ser
Disputarão nas dentadas
O que está perdido em mim
E o amor impregnado
Nos meus sentidos restará
Final como carcaça
Abandonada na escuridão
Dentes luzirão
Fantasmagóricos
Em volta do cadáver
Insepulto da minha alma
Pelos bares da cidade
Um poeta exibirá
Todos os dias
O recipiente apropriado
Vazio de minhas cinzas
Proclamando aos habituais
Era
Corpo e alma
Um filho da puta
E todas as igrejas do mundo
Continuarão a fechar suas portas
Quando começar a madrugada
Nelas estarão outros corpos
Para o apetite dos cães famintos
Que decerto também comerão
Do amor impregnado na carcaça
De alguma alma
Hão de fechar suas portas
Quando começar a madrugada
Nelas há de estar meu corpo
Apodrecido para ser comido
Pelos ratos e seres miúdos
Que nos porões espreitam
A alma na carne empobrecida
Hão de roer todos os pedaços
Do que pensei ser
Disputarão nas dentadas
O que está perdido em mim
E o amor impregnado
Nos meus sentidos restará
Final como carcaça
Abandonada na escuridão
Dentes luzirão
Fantasmagóricos
Em volta do cadáver
Insepulto da minha alma
Pelos bares da cidade
Um poeta exibirá
Todos os dias
O recipiente apropriado
Vazio de minhas cinzas
Proclamando aos habituais
Era
Corpo e alma
Um filho da puta
E todas as igrejas do mundo
Continuarão a fechar suas portas
Quando começar a madrugada
Nelas estarão outros corpos
Para o apetite dos cães famintos
Que decerto também comerão
Do amor impregnado na carcaça
De alguma alma
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