terça-feira, 18 de janeiro de 2022

DESATINO NOTURNO – Rafael Rocha

 

Dance a vida nas ruas e nas mesas dos bares
Onde o meu novo poema possa renascer.
Dance vestida com as cores de todos os lugares
E traga novos e deliciosos lupanares
Lindas mulheres para me enrijecer.

A música traga a paixão junto com a bebida
E que o sabor das cervejas no ritmo selvagem
Faça a mais feia mulher tornar-se a mais bonita
Disposta a usufruir o prazer da vida
Insinuando nela mais coragem.

Assim a noite fica mais ampla e risonha
E mesmo bêbado de música e de algaravias
A paixão estimule a pele de quem sonha
E que no meu verso bêbado ela ponha
As luxúrias ainda que tardias.

E no sumir das trevas ao sol beligerante
Inimigo dos noturnos e quentes suores
Una em um leito os corpos recalcitrantes
No ir e vir que jamais serão bastantes
À reinação dos amores.

Na mesa do bar fique marcado o destino
Do homem e da mulher ainda a saber
No sol do outro dia quanto deu em desatino
O tudo que dançamos bêbados sob o hino
Da loucura de viver.

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