I
Chega um dia que o amor perde a inocência
Sufocado por lamentos incontidos e amiúde
E perplexos a um turbilhão de evidências
Forçoso deixar de te amar mais do que pude...
II
Sintomáticos às circunstâncias – é passível!
Ao acaso do momento e da inebriante aflição
Mas jaz esculpido às fronteiras do inadmissível
Às evidências desgastadas de frenética repetição
III
Quando a amor... objeto da célere cobiça
Esmorece-se num canto posto em secundário
É porque o furor da sanha que o atiça
Não mais o mantém em permanente relicário
IV
E quando sua ausência trivial ressentida
Não gerar saudade, nem o desejo da volta
É porque tu que, outrora, na contrapartida
Fez da minha presença o pouco que importa.
V
Quando as renúncias eivaram-se no vazio
E a dor – um incômodo eco de desprazer
É que a ardente paixão se desfez do cio
Num indelével impasse a se resolver.
VI
Pois, quando o amor não sufoca a dor
E ela não sucumbe aos devaneios da paixão
Há de se colocar em xeque o próprio amor
A esmorecer-se qual vela na escuridão
VII
E quando depois do sexo o fim do desejo
Do beijo tímido, o sono e mais nada...
Há de pressentir o temporal em relampejo
Anunciando o fim da breve temporada.
VIII
E quando o prazer de compartilhar a dois
Empobrece no excesso de pares diversos
É não bastar-se mais, um novo depois
De duas almas saturadas do mesmo universo.
IX
Por fim, quando tudo se fizer evidente instrumento
Numa relação mecânica e saturada
– É porque o amor esgota-se em momentos
De prazeres saciáveis e efêmeros, mais nada!!!
Chega um dia que o amor perde a inocência
Sufocado por lamentos incontidos e amiúde
E perplexos a um turbilhão de evidências
Forçoso deixar de te amar mais do que pude...
II
Sintomáticos às circunstâncias – é passível!
Ao acaso do momento e da inebriante aflição
Mas jaz esculpido às fronteiras do inadmissível
Às evidências desgastadas de frenética repetição
III
Quando a amor... objeto da célere cobiça
Esmorece-se num canto posto em secundário
É porque o furor da sanha que o atiça
Não mais o mantém em permanente relicário
IV
E quando sua ausência trivial ressentida
Não gerar saudade, nem o desejo da volta
É porque tu que, outrora, na contrapartida
Fez da minha presença o pouco que importa.
V
Quando as renúncias eivaram-se no vazio
E a dor – um incômodo eco de desprazer
É que a ardente paixão se desfez do cio
Num indelével impasse a se resolver.
VI
Pois, quando o amor não sufoca a dor
E ela não sucumbe aos devaneios da paixão
Há de se colocar em xeque o próprio amor
A esmorecer-se qual vela na escuridão
VII
E quando depois do sexo o fim do desejo
Do beijo tímido, o sono e mais nada...
Há de pressentir o temporal em relampejo
Anunciando o fim da breve temporada.
VIII
E quando o prazer de compartilhar a dois
Empobrece no excesso de pares diversos
É não bastar-se mais, um novo depois
De duas almas saturadas do mesmo universo.
IX
Por fim, quando tudo se fizer evidente instrumento
Numa relação mecânica e saturada
– É porque o amor esgota-se em momentos
De prazeres saciáveis e efêmeros, mais nada!!!
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