Levo uma paixão no bolso,
Este tão leve clero
De anjos, ninfas, como ouros
Tidos só em mãos de ferro.
A levo assim tão cauteloso,
E no mesmo esmero
De na sina tirar dos poços
Outras musas e mistérios!
A levo, então, pra outro século,
Cruzando todo fogo
E a repulsa do que é eterno,
E a quem diz "O sonho é louco".
E levando-a pelo deserto,
E por mares longos,
A deixo ver já bem de perto
O elo em que tudo é pouco.
Uma disse-me em tom sério:
“Tudo neste mundo é belo!
Até o esterco num novo corpo.”
Tão logo viram artistas tortos
Marcharem mortos - magote débil!
E outra falou-me em seu desgosto:
“Nem tudo, então, parece certo…
Há pouca vida pra tanto voo…
Há pouco espírito pra tanto corpo…"
E ali ficamos. E veio o Inferno.
E dali partimos. E o magote - débil.
Este tão leve clero
De anjos, ninfas, como ouros
Tidos só em mãos de ferro.
A levo assim tão cauteloso,
E no mesmo esmero
De na sina tirar dos poços
Outras musas e mistérios!
A levo, então, pra outro século,
Cruzando todo fogo
E a repulsa do que é eterno,
E a quem diz "O sonho é louco".
E levando-a pelo deserto,
E por mares longos,
A deixo ver já bem de perto
O elo em que tudo é pouco.
Uma disse-me em tom sério:
“Tudo neste mundo é belo!
Até o esterco num novo corpo.”
Tão logo viram artistas tortos
Marcharem mortos - magote débil!
E outra falou-me em seu desgosto:
“Nem tudo, então, parece certo…
Há pouca vida pra tanto voo…
Há pouco espírito pra tanto corpo…"
E ali ficamos. E veio o Inferno.
E dali partimos. E o magote - débil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário