Tradução de William Zeytounlian
............
Ninguém que seja só
Em si
E ali que
Não queira estar na rua,
Ninguém na rua
Que seja
Só
E não queira
Estar em si
Pra lá da soleira
A sós,
A rua anula
No rolar ela anula
Dia e noite anula,
A nuvem no céu
Desdobra
Um sudário sobre a rua,
Longa rua
Quanto mais longa
Mais anula
E mais cedo cerca o homem,
Sulco longo
Cova escavada,
Sob o azul gris
Da lavanderia suspensa
Gotejando desejos,
Doce doçura dos sozinhos
Desejosos sim,
Sozinhos na casa dele quando estão
Ou ao que parece
Na casa dela
Nu e nua se querem
E arruam
Suam,
Embora dois sendo sós
Suam sim pois
Arruam para
Em dois ser um,
Se ela é arável
Ele é charrua
Queriam ser grãos
De uma só espiga,
Aspirando ao singular
No barro
Fazem a lebre dupla,
Só a só se pregam
Panela e tampa
Da arca oblonga
Que em par
Desce no lamaçal,
Para ser anulada
Pela lei da vassoura,
Enquanto longe
Frente ao cabo
E atrás também
Reforma-se a rua,
Arroio de solidões.
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Ninguém que seja só
Em si
E ali que
Não queira estar na rua,
Ninguém na rua
Que seja
Só
E não queira
Estar em si
Pra lá da soleira
A sós,
A rua anula
No rolar ela anula
Dia e noite anula,
A nuvem no céu
Desdobra
Um sudário sobre a rua,
Longa rua
Quanto mais longa
Mais anula
E mais cedo cerca o homem,
Sulco longo
Cova escavada,
Sob o azul gris
Da lavanderia suspensa
Gotejando desejos,
Doce doçura dos sozinhos
Desejosos sim,
Sozinhos na casa dele quando estão
Ou ao que parece
Na casa dela
Nu e nua se querem
E arruam
Suam,
Embora dois sendo sós
Suam sim pois
Arruam para
Em dois ser um,
Se ela é arável
Ele é charrua
Queriam ser grãos
De uma só espiga,
Aspirando ao singular
No barro
Fazem a lebre dupla,
Só a só se pregam
Panela e tampa
Da arca oblonga
Que em par
Desce no lamaçal,
Para ser anulada
Pela lei da vassoura,
Enquanto longe
Frente ao cabo
E atrás também
Reforma-se a rua,
Arroio de solidões.
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