TALVEZ
Amor é fato.
Amar é ato.
Se falta afeto neste fado
ou se, de fato, há fogo febril
- que nos consome num afago
que nos mata em chamas mil -
quero deixar clara a intenção
de consumir-me, não em palavras
- que estas torpes sílabas vãs
revestem justo
o que pretendo desnudar-
mas consumir-me
em consumir-te. Em
“ser”, tendo-te.
Amor volátil,
Fugaz
Que, amanhã, pode não ser.
Mas que hoje, tudo apraz.
.................
(CON)JUNÇÕES
A gente se gosta
A gente se goza
A gente se encanta
A gente se espanta
A gente se beija, se cheira, se junta
A gente se entende.
A gente se ama?
na cama no carro no banheiro no sofá
A gente se deita, se cai, se levanta
A gente se briga, discute, se irrita
A gente se escreve, a gente se amansa
se toca, se alisa
A gente se brisa
A gente se chove
A gente se cobre, se ouro, se prata
(a gente se lua ingrata)
-vomita besteiras, escreve asneiras e pede desculpas-
A gente se lua de novo
E se perde,
de novo,
no imenso encantamento manso.
Amor é fato.
Amar é ato.
Se falta afeto neste fado
ou se, de fato, há fogo febril
- que nos consome num afago
que nos mata em chamas mil -
quero deixar clara a intenção
de consumir-me, não em palavras
- que estas torpes sílabas vãs
revestem justo
o que pretendo desnudar-
mas consumir-me
em consumir-te. Em
“ser”, tendo-te.
Amor volátil,
Fugaz
Que, amanhã, pode não ser.
Mas que hoje, tudo apraz.
.................
(CON)JUNÇÕES
A gente se gosta
A gente se goza
A gente se encanta
A gente se espanta
A gente se beija, se cheira, se junta
A gente se entende.
A gente se ama?
na cama no carro no banheiro no sofá
A gente se deita, se cai, se levanta
A gente se briga, discute, se irrita
A gente se escreve, a gente se amansa
se toca, se alisa
A gente se brisa
A gente se chove
A gente se cobre, se ouro, se prata
(a gente se lua ingrata)
-vomita besteiras, escreve asneiras e pede desculpas-
A gente se lua de novo
E se perde,
de novo,
no imenso encantamento manso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário