MORTE : PALAVRA
a palavra morte não morre
não tem fim nem tumba
não é dor nem sombra
a palavra morte é
mors mot
dentro da palavra morte
o verbo falece
e o silêncio nasce
...........................
NUM PAIS DISTANTE
Tentaste de tudo e só te restou a escrita.
Soubeste que um poema polido com dor é diamante.
Ouviste que na poesia imagem quer ser palavra.
E nela experimentaste a morte, mesmo sem morrer.
Enquanto o vento desmantelava a tarde,
Esperaste a noite como destino.
Escreveste sob a lua e sua mortalha de luz que te cobria.
Atravessaste o vidro da noite
E sem morrer, morreste mais.
...................................
UM CANTO FUNDO
um silêncio verde
feito de guitarras
um poço com vento
em vez de água
não se pode calar
a voz da mágoa
..........................
A DOR QUE NINGUÉM SENTE
há um sol que ninguém vê
em cada flor em cada entardecer
há uma palavra que ninguém diz
em cada verso em cada cicatriz
há uma canção que ninguém canta
em cada nota presa na garganta
há um lugar onde ninguém chega
em cada tarde em cada nesga
há um adeus que ninguém dá
em cada escrito em cada olhar
há uma dor que ninguém sente
em cada escuro em cada ausente
a palavra morte não morre
não tem fim nem tumba
não é dor nem sombra
a palavra morte é
mors mot
dentro da palavra morte
o verbo falece
e o silêncio nasce
...........................
NUM PAIS DISTANTE
Tentaste de tudo e só te restou a escrita.
Soubeste que um poema polido com dor é diamante.
Ouviste que na poesia imagem quer ser palavra.
E nela experimentaste a morte, mesmo sem morrer.
Enquanto o vento desmantelava a tarde,
Esperaste a noite como destino.
Escreveste sob a lua e sua mortalha de luz que te cobria.
Atravessaste o vidro da noite
E sem morrer, morreste mais.
...................................
UM CANTO FUNDO
um silêncio verde
feito de guitarras
um poço com vento
em vez de água
não se pode calar
a voz da mágoa
..........................
A DOR QUE NINGUÉM SENTE
há um sol que ninguém vê
em cada flor em cada entardecer
há uma palavra que ninguém diz
em cada verso em cada cicatriz
há uma canção que ninguém canta
em cada nota presa na garganta
há um lugar onde ninguém chega
em cada tarde em cada nesga
há um adeus que ninguém dá
em cada escrito em cada olhar
há uma dor que ninguém sente
em cada escuro em cada ausente
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